Prólogo:
Ele havia me abandonado, é verdade. E nesse meio tempo longe dele, descobri coisas que nem mesmo ele sabia. Só queria me proteger de seu mundo, mas eu estava mais ligada à isso do que podiamos imaginar. E de uma forma tão maravilhosa!
Eu tinha uma escolha a fazer. Eu não queria que ele estivesse por perto quando tudo isso começasse. Eu morreria nesta guerra, era certo.
Seria eu capaz de ser egoista por querê-lo por perto ao ponto de deixá-lo me ver morrer? Seria eu capaz de dizer adeus?
Eu enfrentara tantos monstros e nenhum me amendrontara mais do que essa dúvida agora.
O meu sacrifício seria o suficiente para protegê-lo? Eu sabia da resposta. Sim, seria. Eu morreria se preciso for.
Eu salvaria minha família.
Cap. 01; De cara com a morte-parte I
Os trovões soaram no céu. A clareira estava seca, assim como Alice previra. Edward sorriu pra mim. Pude vé-lo apesar dele estar no lado oposto ao meu. Parecia satisfeito por eu estar aqui com ele, fazendo parte da família. Eu sabia que era única na vida dele e isso me fez sentir especial. Apesar disso, eu tinha dúvidas. A insegurança fazia parte de mim. Seria difícil me livrar dela, mas eu tentaria. Ele queria que eu me visse do jeito que ele me via. Eu poderia tentar fazer isso.
Alice sorriu travessa e disse:
- Tá na hora.
- E aí, pronto para perder?-perguntou Emmett animado e desfiador.
- Não deseje para os outros o que você não quer para sí mesmo!-rebateu Edward. Eu rí levemente e ele olhou para mim e disse um "eu te amo" sem som por entre seus lábios.
O jogo começou. Alice ficou no meio do campo, em cima do montinho de terra que ali tinha. Rosalie se posicionou, seria a primeira a rebater e quando Alice lançou a bola, ela não errou o alvo. Com o estrondo do trovão, a bola foi laçada longe.
Edward com toda sua elegância esquecida, correu atras da bola. Um perfeito leão da montanha. O perdi de vista e depois só ví o borrão da bola ao ser lançada na direção de Esme. Ela segurou bem a tempo de Rosalie escorregar.
- Está fora.- eu disse, ela me olhou mortalmente, sem falar comigo.
O time de Edward estava ganhando quando eu senti algo estranho. Uma presença perto de mim. A sensação de paz era tamanha que senti uma vontade súbita de dormir. Acho que desmaiei, pois a última coisa que senti foram braços frios ao meu redor.
Fiquei entorpecida. Parecia um sonho. Uma construção antiga a minha frente. Ela, porém não parecia velha. Era tão bem cuidada e tinha toda uma aura em volta dela. O estilo grego era mais do que evidente. Lembrei-me dos templos antigos dos quais eu sempre admirei, e alí estava eu, de frente para um. A paz reinava naquele lugar de tal modo que desejei nunca mais sair dalí. Eu lembrei de Edward e soube que jamais poderia deixá-lo.
Aos poucos, voltei a ter consciência de meu corpo. Meu coração batia calmo, o que o deixaria mais tranquilizado. Edward não sabia o que havia acontecido comigo, nem eu.
O ví surpirar aliviado assim que abri os olhos. Ele me puxou para seu peito, abraçando-me com ternura.
- Bella, o que houve?
- Eu não sei. Simplesmente apaguei.
- Você comeu antes de sair?
- Sim, Edward. Estou bem, não se preocupe.
Ele suspirou com resignação, mas assentiu.
- Vou levar você pra casa.-disse ele com autoridade que não protestei.
Minutos depois ele estacionava o jipe de Emmett em frente à minha casa. Ele me olhou preofupado, mas nada falou. Inclinou-se para mim e me beijou.
Quando ele se afastou senti que meu corpo tremia e me perguntei se um dia eu morreria de amor.
Ele desceu e deu a volta no carro para abrir a porta para mim. Levou-me até a porta e sorriu.
- Boa noite, Bella.
- Não vai ficar?-perguntei torcendo para que ele dissesse que sim.
- Dessa vez não. Vou vasculhar a floresta, me assegurar que aqueles visitantes foram embora. Adoraria ficar e passar a noite aqui, mas não dá. Sua segurança é tudo pra mim. Te vejo amanhã, ok?
- Tá.-falei tristemente, já sentindo falta dele.
Me abraçou novamente e se foi, entrando no jipe e sumindo na curva da estrada.
Depois de passar pelo interrogatório de Charlie e um bom banho para acalmar os ânimos, me deitei em minha cama, pronta para dormir quando meu celular tocou, baixo o suficiente para o meu pai não escutar. Atendi.
- Alô.
- Ora, ora ,ora. Se não é Isabella Swan.-falou uma voz masculina desconhecida.
- Quem é que tá falando?!
- Shh, fale mais baixo se você não quer que ocorram assassinatos hoje.-falou ameaçadoramente e eu, de algum modo, sabia o que ele era pelo modo como falava. Meu coração perdeu uma batida.
- Você é...?
- Um vampiro?-completou ele e achei que fosse desmaiar quando ele confirmou.- Sim, eu sou. E estou morrendo de vontade de matar você!
Não consegui falar nada. Fiquei muda e só ouvi o que ele dizia.
- Sabe, se não fosse pelo seu namoradinho eu não me daria ao trabalho de caçar você. Mas eu adoro uma disputa de presas. E você é tão... saborosa. Acho que entendo a fixação dele e o porquê de estar demorando tanto para te devorar. Você é o joguinho dele, um passatempo. E está prestes a se tornar MEU passatempo.
-Edward não brincaria comigo. Ele me ama.
- Há, faça-me rir. Você se acha, não? Agora, voltando aos negócios, por que você não vem até mim?
- Vai pro inferno!
- Humanos... Quando vão aprender a não provocar o perigo? Escute, docinho, eu não queria fazer isso. Uma glória só minha seria mais proveitosa, mas se você quer assim... Não me resta escolha. O que você acha se seu papai morrer por sua causa? Ele está agora, tirando um tranquilo cochilo no sofá, e adivinha! Tem uma vampira sedenta de sangue perto dele...
Ele mal tinha dito a frase e eu já descia as escada correndo. Quando cheguei à sala, estaquei.
Ela era linda. Possuia cabelo cor de fogo e olhos vermelhos famintos. Tão diferente dos Cullen, seu andar era de caça e seu sorriso cínico.
- Imagino que a essa altura você esta frente a frente com Victória. Se você fizer a escolha certa e salvar seu pai, ela lhe trará até mim sem nenhum arranhão. Do contrário, você será forçada a ver a morte de seu pai e eu irei pessoalmente lhe buscar. E aí, qual vai ser?
- Só... deixe meu...pai em...paz. Por favor.-falei em meio aos soluços.
- Boa menina. Peça a Victória para lhe trazer. E nada de truques, ok?
Ele desligou. A ruiva sorriu.
- Ele disse para você me levar até ele.
Eu já estava me despedindo da vida, de minha família, amigos e o mais doloroso: estava me despedindo dele, Edward. O amor da minha vida. Quantas vezes eu sonhei o que teriamos juntos? Nosso futuro, nossa vida? Eu estava jogando tudo pro alto, mas o que eu deveria fazer? Lógico que eu o amava, mas eu tinha que salvar meu pai. Pensei nele, no quanto sofreria, mas ele entederia, não é? Superaria e seguiria em frente. Ele o faria por mim.
O carro andava cada vez mais rápido. Eu estava no banco de tras, lutando para não chorar. Não conhecí o caminho que ela fazia, indo cada vez mais pro sul, saindo de Forks.
Minutos depois, que pareciam ter sido horas, ela parou. Desci do carro com uma coragem que não sentia. Ela agarrou meu braço e me puxou para dentro de um galpão abandonado. Me largou, jogando-me no chão.
Ele estava alí. Sorriu maliciosamente ao me ver. Seu cabelo loiro comprido, pele pálida e... olhos vermelhos.
Nada disse, somente puxou uma corrente presa ao teto e prendeu meu pulços, meus pés mal tocavam o chão. Meus ombros doíam, mas não emiti nenhum som até que eu disse:
- Por favor, acabe logo com isso.
- Mas que apressada...! Sério que você não vai lutar, implorar nem um pouquinho?-ele parecia falsamente surpreso.
- De que adiantaria? Não sei se percebeu, mas eu não sou forte para arrebentar essas correntes e nem rápida para fugir de você! E eu nunca lhe imploraria para me deixar ir embora! Não permitiria de verdade.
- Espertinha você. Ah, mas aí o jogo perde a graça. Hmm, você não parecia assim tão chata nos vídeos que sua mãe fez.
- Como sabe de meus vídeos?-perguntei assustada. Aquilo estava guardado em Phoenix. Ele tinha ido atrás de minha mãe?
- Laurent pegou ele pra mim. E não se preocupe, sua mãe vai ficar bem-disse ele, vando a preocupação em meu rosto. Pegou uma faca afiada em cima da mesa e olhou para mim.- Agora... Vamos nos divertir.
(♥♥♥)
Ele ria em meio aos meus gritos. Eu estava sendo dilascerada. A faca cortava minha pele deixando um rastro de dor por onde passava. Era mais do que dor, era agonia e sofrimento. O sangue jorrava e perguntei - me como James resistia. Ele estava satisfeito com meu sofrimento. E em meio à mais uma onda de tortura, desmaiei, sendo levada para o mesmo local em que estivera mais cedo.
Desta vez tinha uma pessoa comigo. Um rapaz do qual eu sentia conhecer.
- Quem é voce? - perguntei-lhe.
- Meu nome é Dylan.
- Dylan pode me dizer onde estou?
- Como nao reconhece este lugar?
- Eu nunca estive aqui antes.-falei enquanto eu via as coisas ondularem ao meu redor.
- Claro que esteve. Voce nasceu aqui minha deusa - no instante em que ele disse isso, formulei duas opções em minha mente. Primeira, ele era completamente louco. Segunda, esse sonho era louco. No fim decidi que a louca era eu. Devia ser o estresse de estar sendo assacinada a sangue-frio em um estado de inconciência. O que James estaria fazendo comigo? Oh Deus, eu já estaria morta?
- Deusa? - falei mais para mim mesma do que para ele. Se isso era a morte, eu podia me considerar agradecida. Não era tão ruim assim, eu teria com quem conversar. É claro que epodia me esquecer de Edward, e só de pensar em seu nome eu já sentiq um enorme aperto no coração, como se estivessem o sufocando. E isso me arrancou do estado de inconciência.
O sonho foi se tornando cada vez mais distante enquanto eu era trazida de volta para a realdade. De volta para a dor. De volta para o lugar onde eu nao queria estar.
Havia um alvoroco ao meu redor. Grunhidos e um cheiro de gasolina insuportavel. Alguem segurava minha cabeca e eu nao lutei contra ela pois estava exaurida demais para fazer isso. Respirei lentamente mal puxando ar para meus pulmoes. Se eu ia morrer, queria que fosse logo e por isso nao fazia sentido lutar. Mas a voz de uma anjo me fez ter forcas para abrir meus olhos mais uma vez, somente para vê-lo.
- Bella, meu amor. Vai ficar tudo bem, estou aqui com você e nao sairei do seu lado meu anjo.-falou ele. Sua voz estava temerosa e chorosa. Senti-me mal por fazê-lo sofrer.
- Edward, não se preocupe. Estou bem.- falei entre solucos. Fiz o máximo de esforço que pude para prender o choro mas não consegui.
-Shii. Vai ficar tudo bem, você vai ficar bem. Prometo. Nao precisa explicar nada agora. Durma.
Obedeci a ele e aos poucos cai em um sono sem sonhos estranhos.
Acordei em um hospital, com suas costumeiras paredes brancas e aparelhos incômodos. Eu nao tinha certeza de mais nada a nao ser que era Edward segurando minha mão. Abri meus olhos lentamente e olhei para ele.
- Oi meu amor.-Falei com a voz rouca.
- Oi meu anjo. Ta sentindo alguma dor?-perguntou preocupado.
- Não.
- Otimo.-sorriu e depois ficou serio.- Por que você fez aquilo?
- Ele ameacou a vida do meu pai Edward. Eu jamais me perdoaria se algo aconteces- se a ele por minha causa.
- Por que nao me ligou?
- A mulher estava na minha casa. Eu nao tinha como lhe avisar.
- Que mulher? - perguntou, como se não tivesse conhecimento desse fato.
- Acho que o nome dela era Victoria. Você foi me salvar não foi? Ela estava lá... A propósito, como sabia onde eu estava... Ah, deixa pra lá. Alice. ok.
- Nao tinha ninguém lá a não ser você e aquele desgracado. E sim, Alice teve uma visão que me deixou apavorado.
- Entao ela deve ter fugido.
Ele ficou com raiva por ter deixado-a escapar. Reclamou por um tempo e depois ligou para Alice.
- Bellla... Quero perguntar mais uma coisa.- começou ele desconfiado.- Quando caçamos, temos que nos sentir atraidos pela vitima por um motivo em particular. Eu vi na mente dele que ele era um rastreador. Ele lhe disse o porque ficou interessado em você?
- Ele disse que era algo como uma disputa de presas.
- Eu sabia! - explodiu.
- Ta tudo bem?
- Foi tudo minha culpa. Desculpe amor.
- Edward, não foi sua culpa!
- Claro que foi! Eu... eu tenho que ir.
Ele saiu disparado pela porta, deixando-me sozinha com meus medos.
Uma semana depois, eu pude voltar a frequentar a Forks High Sochool.
Era simplesmente obvio o quão estúpido Mike poderia ser. Ele foi antencioso, carinho e prestativo. Em outros tempos, eu teria admirado aquilo e até achado fofo, mas não agora.
Não quando era outra pessoa que estava em minha mente.
Não quando era ele que deveria fazer isso por mim.
Não quando esses últimos dias haviam sido os piores de minha vida.
As perfuntas me atingiam de diversar maneiras, causando feridas mais dolorosas do que as que eu já possuia, como se várias facas com suas lâminas recém-amoladas me atingissem em vários pontos diferentes.
Eu teria procurado ele, se a Alice tivesse aceitado me levar até ele. Edward faltava às aulas, não me visitava, sequer um telefonema ele fazia. Era como se tivesse me esquecido. Como se eu tivesse deixado de ser algo que ele amava e cuidava e protegia. Sua ausência era tanta, que meu corpo sentia sua falta mais do que eu poderia imaginar.
A aula de Biologia parecia se arrastar sem ele do meu lado. Mike gentilmente se ofereceu para substituí-lo durante a aula, para que eu não fucasse sem um "parceiro". É claro que ele convenientemente se esqueceu da pessoa que fazia dupla com ele. Pobre garota. Eu ví a mim mesma nela. Sozinha na mesa, sem a pessoa que deveria fazer companhia a ela. Será que quem me olhava de fora, me via realmente desse jeito?
Como uma dependente de Edward ?
(♥♥♥)
Havia mais de duas semanas que eu havia saído do hospital e o único membro da família Cullen a me visitar fora Alice. Edward havia desaparecido. Perguntei a ela o que havia acontecido e ela não me respondeu. Senti um terrivel aperto em meu peito e depois disso, mal consegui dormir à noite.
O refeitório estava movimentado, mas meus olhos pousaram na mesa dos Cullen. Vazia. Nem mesmo Alice viera a ayla hoje. Será que até mesmo ela me abandonaria?
- Bella, o que acaha de pegarmos um cinema? - perfuntou Jessica.
- Qual filme?
- Hmm, eu estava pensando em ir assistir " Vampiros que se Mordam ". Então, o que acha?
- Hmm. Por mim, todo ótimo. Estou com um clima meio assacino esses dias.
- Ah. Eu entendo. O que aconteceu com você foi mesmo horrível. Sabe, eu jamais pensaria que Port Angeles pudesse ser tão perigosa. Hun, aqueles imbecis. Homens são tão idiotas. Em vez de chamarem a mulher para sair, resolvem atacá-la. Ainda bem que o seu namorado estava por perto, senão... Tremo só de pensar.
- Chega se assuntos desagradáveis, Jessica - exclamou Mike. Antecioooso... Hum, sei bem por que. - Qual é o nome do filme mesmo?
- É " Vampiros que se mordam ".
- Terror?
- Cruzes, não! Tá mais pra comédia e romance. De um jeito super estranho, mas romance. Eu adorei o trailer.
- Ah, eu acho que sei que filme é esse.- disse Angela, que estava sentada ao lado de Ben. - Deve ser super legal. Tem um outro parecido, tipo " A Saga Molusco; Anoitecer. "
Dizem que é super hilário.
- Bem, acho que todos nós vamos ao cinema ,ver uma sessão dupla de filmes engraçados - disse Mike, como se aquela não fosse a coisa mais óbvia do mundo.
E o mais engraçado daquela história, era que ele estava tentando se fazer de inteligente para atrair minha atenção. Estava se saindo perfeitamente bem agindo como palhaço... Mas isso?
Não custa sonhar.
Algumas horas depois, eu estava espremida entre Mike e Jessica no banco da frente da Van. Mike combinou que iriamos — Ben, Angela, Tyler, Jessica, Mike e eu — todos em um único carro, alegando que seria difícil achar vaga. Ele tambem conseguiu dar um jeito de eu ficar junto a ele no banco da frente. Ridículo.
Jessica parecia irritada. Falta de um adjetivo melhor. Era impossível descrever seu estado desgostoso de outra forma.
- Vamos, não quero pegar fila - disse ela descendo do carro antes mesmo que Mike terminasse de estacionar o carro direito. Acho que somente Angela e eu percebemos o porquê disso. Ela me lançou um olhar de a noite vai ser muito longa.
- Pode crer - falei para mum mesma.
Ou talvez não, pensei ao ver um cabelo facilmente reconhecível na fila do cinema, pronto para entrar.
- Jacob! - gritei praticamente pulando para que ele me visse no meio de tantas pessoas.
Ele olhou para trás e sorriu ao me ver.
- Bell's - disse ao me dar um abraço de urso. - Como você está?
- Bem, e você? Nooossa, o que você está tomando? Anabolizante? Isso é prejudicial, sabia?
Ele tinha dobrado a massa muscular. Onde antes ele era magro, como um garoto normal, agora era revestido de músculos fortes e de certa forma, intimidadores. Se eu não o conhecesse, teria receio dele.
- Eu estou malhando, Bell. Faz bem para a saúde se não tiver nenhuma ajuda qui- micamente proibida.
- Bom, então meu parabéns Sr. Sou Todo Saudável.
Ele riu de minha piada idiota.
Peraí, ele riu de minha piada idiota?
- E então, o que faz aqui, no meio dos caras pálidas?
- Vendo uma amiga, e saindo com uma turma da reserva.
- Sério? Vai me apresentar ou eu terei que dar uma de metida?
- Você não vai querer conhecê-los. São completamente diferentes desse pessoal ricasso com quem você costuma sair.
Tentei não levar pro pessoal. Não precisava ser um gênio para saber que ele se referia aos Cullens.
- Jake...
- Ok, parei. Não foi nada. Só eu sendo idiota. De novo.
Ele me levou até o grupo deles. Leah, Sam, Seth, Paul... Eram tantos rostos e nomes que eu provavelmente teria confundido se eu precisasse falar mais do que o necessárip. Mas para minha sorte, o filme logo começaria. Jacob pegou pipoca e refri's. Preciso dizer o quanto fiquei aliviada de sentar longe de Jessica?
Foi somente depois que eu havia retirado aquela horrivel tala — uma semana depois da minha ida ao cinema. Sim, eu fui para o cinema com a perna embrulhada naquele troço. — e pronta para procurar Edward, que ele apareceu.
Eu estava em meu quarto, esperando pelo sono que Morfeu tão relutantemente me entregava e Edward entrou por minha janela.
Corri até ele e o abracei, cheia de saudade. E cheia de dúvidas.
- Amor, onde esteve? Fiquei tão preocupada e cheia de saudade...-falei
- Resolvendo assuntos. - disse ele, seco. - Vamos, precisa dormir.
- Não estou cançada e já estou melhor. Quero passar esse tempo com você. Eu te amo, Edward e senti sua falta. Quero você comigo.
- falei mais séria, indo direto ao ponto. Direto ao que eu queria. Passei tempo demais longe de seu abraço, de seu beijo... Tudo o que eu precisava era sentir que ele me amava tanto quanto eu o amava.
Ele pareceu sentir a verdade em minhas palavras. E pareceu lutar contra elas.
- Eu tambem... te amo. MUITO. Queria que nosso amor fosse certo... de todas as formas. Que eu pudesse ser humano para você.
- Eu sei que queria, mas não pode. Só que eu posso ser como você. Finalmente iguais.
- Isso nunca.
- Não precisamos falar disso agora.
- Tem razão, não precisamos.
Ele beijou de modo lento e terno, como só ele sabia fazer. Meu coração reagiu exageradamente como de costume. Foi então que Edward pareceu mudar, sua feição era de quem sofria, mas ele estava me beijando de forma mais cada vez mais entregue.
Quando ele parou, olhou para a porta e voltou a olhar para mim. Puxou de qualquer jeito o lençol de minha cama e me colocou em suas costas, pulando pela janela em seguida.
Ele estendeu o lençol sobre a relva úmida e me deitou sobre ele, estendo o corpo por cima do meu em seguida.Estavamos em nossa campina. E igualmente da outra vez em que estive aqui, deslumbrei-me com a beleza do lugar.Mas à noite, isso era mais surreal, mágico.
Ele me olhou daquele jeito injusto, como se eu fosse a coisa mais linda do mundo e não ele.
- Eu te amo, mais que minha própia vida. Sei que não devia estar fazendo isso, mas eu já não posso suportar a ideia de que... Não importa. Eu quero você comigo, como se nunca fosse se separar de mim.
- Eu nunca vou embora, Edward. Jamais. Eu estou aqui porque amo você, não porque quero você. Percebe a diferença? Amor e paixão não são a mesma coisa, e o que sinto por você é mais forte do que ambos juntos. Você e eu, para sempre.
- Sempre amarei você, mas desejaria que esse amor que você diz sentir por mim não fosse tão forte. Há algo que preciso fazer, e esse amor pode atrapalhar um pouco. Mas não se preocupe. Vai... ficar tudo bem.
- O que você precisa fazer, Edward? - perguntei, terrivelmente desconfiada.
- Shh..
Ele me beijou, não deixando mais espaço em minha mente para divagar sobre qualquer coisa que não fosse aquele momento, aquele agora.
A lua foi a única testemunha do que fizemos naquela noite...
(♥♥♥)
Acordei em meu quarto, deitada em minha cama, ainda nua. Sorri timidamente, imaginando se Edward estaria olhando para mim. Completamente satisfeita, espreguissei-me levemente, soltando um gemido após perceber a dormencia de meus músculos doloridos.
Virei-me para o lado para encarar o amor de minha vida.
Ele não estava lá, em seu lugar havia um bilhete. Meu coração se acelerou, percebendo do que se tratava antes mesmo que eu lesse.
" Bella,
Estou tão nervoso que não sei por onde começar. A noite passada foi... Foi incrível. Você foi perfeita e... Mas isso não muda nada. Foi errado o que fizemos. Eu poderia tê-la matado! E de fato, quase o fiz. Sinto muito.
Não queria fazê-la sofrer. Queria poder apagar sua memória e fazê-la se esquecer de mim. Ou que no mínimo me odiasse. Seria mais fácil dizer-lhe adeus desse modo.
Mas não posso e isso me mata também.
Não se preocupe, logo vai me esquecer. Sou pouco demais para você e depois de um tempo, percebi que você não é boa o suficiente para mim. Não somos perfeitos um para o outro,por isso não devemos ficar juntos. E eu sequer devia ter tentado.
Ainda faz sentido se eu dizer-lhe que ainda a amo? De certa forma? Como uma amiga pelo menos. Acho que isso é tudo o que podemos ser daqui pra frente. Não que a gente vá se encontrar. Quero causar menos impácto possível em você.
Nunca mais nos veremos, prometo.
Nada vai acontecer a você; outro motivo para ficarmos separados: sua segurança. Perto de mim, você é um alvo fácil. Longe, é só mais uma dentre tantos humanos.
Tenha uma vida longa e feliz.
Adeus,
Edward C."
Eu não podia acreditar, ele estava me deixando? Como.... Por que? Depois de tudo o que haviamos passado, ele simplesmente me abandonaria?
E que tipo de pessoa dizia adeus por uma carta?
Ele mentira esse tempo todo, era a única explicação.
- Não somos perfeitos um pro outro, né ? - falei, cheia de ironia. - Vocé era perfeito pra mim.
Talvez ele nunca tivesse me amado. Agora só queria dizer adeus do jeito mais fácil. Fácil para ele.
Não sei ao certo por quanto tempo chorei, mas foi o suficiente para que acabasse todas as lágrimas que eu poderia derramar.
Era tão difícil pensar que eu nunca mais veria seu rosto, seu sorriso torto, nunca mais sentiria seu toque ou seus lábios... Nunca mais.
Nunca é uma palavra grande demais. Agora eu sabia disso. E ela durava para sempre. Sempre, outra palavra grande demais, porém, causava uma dor enorme quando esquecida.
Eu irei amá-la para sempre, prometera ele. Agora, aquele sempre tinha acabado.
Não fui à escola, nem ao trabalho. Meu pai estava ocupado na delegacia e provavelmente nem sabia de nada. Eu estava sozinha, de novo.
Mas nem sempre sozinha.
O sonho me veio da mesma maneira misteriosa de antes.
Eu estava em um naquele lugar mágico e puro, como se nada de ruim pudesse acontecer alí. Mítico. O ar oscilava como se eu estivesse no mar, presa em uma bolha de oxigênio. Seres estranhos aparecia nas sombras, mas estavam embassados de tal modo que eu não conseguia destingui-los. Mal podia enchergar mais do que poucos metros a frente.
Dylan surgiu das sombras.
- Como vai minha deusa? - perguntou. Havia saído detrás de uma rocha, de modo que eu só conseguia ver metade de seu corpo para cima.
- Por que continua me chamando de deusa?
- Porque se não a chamasse assim, estaria sendo desrespeitoso com sua pessoa, e vosso pai não ficaria muito feliz.
- Meu pai não se importa do que falam para mim, desde que não me ofendam. E você não está me ofendendo. Só me deixando muito confusa.
- Você não parece confusa. Na verdade está ótima - falou, analisando-me de cima para baixo.
- Pro seu governo, não estou tão bem quanto podia estar.
- Sempre é assim. Os humanos poderiam ficar melhores se quisessem, mas não ficam. O esforço nunca é o bastante.
- Talvez pelo fato de que os outros sempre arranjam um jeito de colocá-lo para baixo.
- Tem razão.
- Espere um minuto, você disse humano?
- Claro que eu disse.
- Falou como se não fizesse parte da raça humana... Por que?
- Talvez porque eu realmente não faça.
- Mas você... tem pernas e corpo humano.
- Bem observado, mas isso não diz nada. Tudo é temporário, até sua verdadeira natureza clama para se revelar. Olhe para sí mesma. Isso parece humano para você?
Fiz o que ele havia pedido e tomei um baita susto quando ví o que ele queria dizer. Olhei novemente para ele e ví que ele também tinha uma igual. Ou quase igual.
Acordei banhada de suor. Tentei me lembrar da última parte do sonho, mas não consegui. Só sabia que era algo chocante e surreal até mesmo para mim, que namorara um vampiro.
Um vampiro.
MEU vampiro já não me queria. E se ele partiu para outra, eu é que não ia ficar me lamentando por ele.
Pena que dizer e fazer são duas coisas completamente diferentes.
Voltei para a escola dois dias depois.
Dois dias eram o suficientes para secar o poço de lágrimas que eu carregava, não eram? Bom, foi nisso que eu acreditei. Mas estava errada. Parecia que toda vez que eu dormia, novas lágrimas eram fabricadas e de repente no dia seguinte, o poço estava abastecido e pronto para ser usado. Quase como se soubesse que eu queria descarregar toda a onda de tristeza que enchia meu corpo de uma borda a outra.
Mas o pior não era isso.
O pior era saber que quando eu entrasse no refeitório, a mesa deles estaria completamente vazia. Sem Alice, sem Emmet, sem... Sem Edward. Sem aqueles vampiros que eu amava.
Meu sabia que os Cullens haviam ido embora quando ele voltou do trabalho, duas noites atrás. A primeira coisa que fez foi ir ver como eu estava. Me encontrou chorando no meio dos cobertores, encolhida como um criança indefesa. E foi como uma criança que ele me ninou em seus braços.
Agora, duas noites depois, eu não estava muito melhor. Mas estava decidida a não deixar que isso me atrapalhasse. Eu seguiria em frente.
Edward queria que eu o odiasse.
E minha mãe que sempre me dizia : cuidado com o que você deseja.
(♥♥♥)
Estacionei minha caminhonete em frente à casa vermelha de tinta desbotada do pai de Jacob. Fazia uma semana que eu não o via. Talvez uns quatro dias a mais do que uma simples semana.
Mesmo assim, aquele garoto tinha crescido. Como é que ele fazia aquilo?! Talvez fosse eu que tivesse diminuido. Hum, talvez.
- Tá tirando onda cim a minha cara, né? Você está tomando hormônio de crescimento! - acusei meio que brincando, meio que indignada depois que ele me colocou de volta no chão. Ele tinha me dado um abraço de urso — que me lembrou de Emmet —, me rodopiado em seguida.
- Qual é Bells.
- Se o médico presqueveu isso para você deve ter imaginado que você é do time de basquete.
- Rá, eu bem que queria. Se bem que a reserva ainda parece mais legal do que um bando de meninas louca chamando por você.
- Hmm, Jacob recusando o sonho do universo masculino. O que que te deu? Mudou de time?
- Ei, não! Sou espada. É só que... A menina que eu queria ver gritando enlouquecida por mim, não vai... Estar lá.
- Ahh.
Minhas bochechas deviam estar mais vermelhas que um pimentão.
- Que entrar?
- Hmm, o que você estava fazendo antes de eu chegar?
- Dando um jeito no... carro...
- Parece interessante. Posso ver?
- Claro! An, sério que você se interessa por carros?
- Jacob, claro que me interesso! É só não me perguntar o nome de peça nenhuma e vai parecer que eu estou entendendo o que você está falando. Sou uma boa ouvinte.
Ele riu alto.
Levou-me então para dentro da oficina improvisada .
Era simplesmente incrível ver Jacob trabalhando. Ele sabia o nome de cada peça, onde cada coisa se encaixava. Me explicou pacientemente o que fazia e como fazia. Todos os riscos de colocar uma peça num lugar errado...
Mas o mais surpreendente era que ele não se preocupava o tempo todo. Deixou-me livre para transitar por cada canto da oficina. Sem medo de que eu caísse e batesse a cabeça em um martelo, ou que eu tropeçasse e desse de cara com o motor. Jacob jão era super protetor. E se era fingiu que não.
Agradeci a ele mentalmente por isso.
Eu estava cansada de que cuidassem de mim o tempo todo. Como se eu fosse de porcelana e quebrasse facilmente. Eu tinha um vida, era livre. Não queria ser posta em uma coleira só porque era perigoso sair sozinha pela rua.
Foi naquele momento que eu descobri que enquanto estiveracom Edward, estava posta em uma redoma de vidro. Longe de qualquer coisa pergosa. E o mais irônico era que o própio perigo me guardava.
Horas mais tarde, Jacob parou um pouco de mecher no carro. Fechou o capô e eu sentei no banco do carona. Ele pegou dois refrigerante e sentou do meu lado.
- Então Bell, o que tem feito?
- Ahh, nada. Só ido de casa para a escola, da escola para o trabalho, do trabalho para a casa... Mas recentemente tenho visitado um amigo, que tem uma oficina e que está me ensinando tudo o que eu provavelmente já sabia... Ok, mentira, eu não fazia ideia do que você falava até me explicar.
- Ahh, mas disso eu já suspeitava!
Empurrei o ombro dele de brincadeira.
- Sabe-tudo.
- Bell, eu soube... que você e o...
- Por favor, Jake, não vamos entrar nesse assunto - ele ia falar do ex-amor da minha vida. Institivamente me abracei, como que para manter tudo do lado de fora. Sem me destruir aos pedaços. Eu ainda tinha em mente que eu odiaria o Edward, como ele pediu, mas primeiro eu tinha que deixar de amá-lo. Algo potencialmente difícil.
- Desculpe. É que eu não entendi por que vicês terminaram. Eu achei que o amava.
- E amo. Mas quero odiar. Achei que seria mais fácil odiá-lo, já que o ódio e o amor estão do mesmo lado da moeda. Mas não é. Ser indiferente à ele é ainda mais difícil. A indiferença já é o oposto do amor. Então estou pesando amá-lo e odiá-lo, ou simplesmente odiá-lo. Devo admitir que o primeiro está ganhando. Não consigo odiá-lo completamente, mas também não consigo deixar de amá-lo. Por que é tão difícil?
- Quando descobrir, me avise. Também quero saber.
Nos calamos, então Jacob ligou o rádio — que surpreendentemente funcionava melhor que o meu — antes que eu pudesse protestar.
E todas as músicas me lembravam dele.
♪ Muse -Colisão de Estrela de Nêutrons (O Amor É Para Sempre) ♪
Eu estava procurando
Você estava em uma missão
Depois nossos corações combinaram
Como uma colisão de estrelas de nêutrons
Não tenho nada a perder
Você não teve pressa pra escolher
Depois dissemos um para o outro
Sem rastro de medo que...
Nosso amor seria para sempre
E se morrermos, morreremos juntos
É mentira, eu nunca disse
Porque o nosso amor seria para sempre
O mundo está destruído
Auréolas não brilham mais
Você tenta fazer uma diferença
Mas ninguém quer ouvir
Saúde
Os pastores, falsos e orgulhosos
Suas doutrinas serão ''nubladas''
Elas se dissiparão
Como flocos de neve no oceano
O amor é para sempre
E morreremos, morreremos juntos
É mentira, eu nunca digo
Porque o nosso amor poderia ser para sempre
Agora eu não tenho nada a perder
Não tenha pressa pra escolher
Eu posso te dizer agora, sem um rastro de medo
Que meu amor será para sempre
E morreremos, morreremos juntos
Mentir, eu nunca irei. Porque o nosso amor será para sempre.
A semana foi passando, e eu estava cada vez mais ligada à Jacob. Todos os dias eu ia vê-lo, e o assistia montar o carro. Conheci Quil e Embry: os melhores amigos de Jacob. As coisas estavam acontecendo rápido demais. Eles tinham um estango jeito de fazer sentir em casa. Eu me divertia e as coisas pareciam estar melhorando.
Mas por quanto tempo as coisas continuariam assim?
(♥♥♥)
O bipe tocou três vezes e caiu na caixa de mensagens. Tentei de novo.
Nada.
Sempre acontecia o mesmo. Eu ligava para Jacob e a secretária eletrônica atendia. Eu não queria falar com a secretária, queria falar com meu melhor amigo!
Ontem à noite, Jacob, Embry, Quil e eu resolvemos pegar um cinema. Uma noite doferente, longe da oficina. Mas quando fui buscar Jacob, encontrei Quil e Embry saindo da casa dele.
- Gente, o que aconteceu? Cadê o Jake? - lhes perguntei.
- Ele tá doente. Billy sequer nos deixou vê-lo.
- O que?!
Então eu saí em disparada, indo para a casa dos Black. Billy me atendeu, mas se recusiu a me deixar entrar para ver o estado de Jake.
Desde ontém, eu não tinha trocado uma palavra com ele. Não sabia de seu estado, se tinha melhorado ou piorado, se foi ao hospital... Nem mesmo Quil ou Embry tinham alguma notícia dele.
E o que mais me incomodou foi que Embry não parecia preocupado. Era como se soubesse que Jake estava bem, e não pudesse nos contar. Eu permanecia sem noticías de meu amigo.
Eu já estava enlouquecendo. Nada mais fazia sentido. Jacob era a única pessoa capaz de me fazer sentir bem bem, quase normal. E agora ele desaparecera.
Eu estava decidida. Iria ainda hoje na reserva. Ninguém me impediria de vê-lo. Billy entenderia, certo? Eu estava preocupada, e com bons motivos para isso.
A aula de Biologia se arrastou tão lentamente! Quase como se soubesse que eu queria que terminasse logo. O Mike estava do meu lado, tentando me explicar algo que eu já sabia. Eu já estudara aquela parte da matéria. Sem Edward, sem Jacob... Tudo o que me restara foram os estudos acadêmicos. E nada mais.
Não lia livros extra-curriculares, não ouvia música, não frequentava mais as redes sociais... Eu estava tentando, mas precisava de alguém que me ajudasse.
Precisava de Jacob.
O sinal tocou estridentemente. Levantei-me de minha cadeira e caminhei para o ginásio. Pude sentir Mike correndo para me alcançar, mas eu já estava longe demais para isso. Entrei com um rompante no vestiário e as poucas meninas que estavam alí se viraram para me encara, depois desviaram o olhar e começaram a cochichar entre sí.
Eu sabia que o assunto era eu. Sempre era. Desde que Ele fora embora, elas se perguntavam do porquê.
E sempre estavam.longe da verdade.
- Ele deve ter se cansado dela. Não me surpreende. Ela era muito pouco para aquele gato - disse uma delas. Fiquei em frente do meu armário e peguei minha coisas tranquilamente.
- Com certeza! A J. me disse que ela não... você sabe... e aí ele foi embora!
- Ah, mas a L. me disse que foi justamente o contrário. Que ela... e então ele não gostou e foi atrás de outra...
J. e L.,quem serão? Bom, eu sabia a resposta.
- Pois digam para a Jessica e para Lauren pararem de se meter na vida dos outros e cuidarem mais das delas. De tanto fofocarem, vão ficar para titias! A fila anda, sabe? Aparentemente Mike e Tyler estão muito sozinhos, assim como eu. E prontos para me consolarem - falei. Claro que eu não queria nenhum dos dois, mas uma mensagem indireta para Jessica e Lauren as ensinariam a manter a boca fechada. Vai que uma mosca pousa dentro! Eca!
Peguei meu short e deixei minha coisas no armário e entrei em uma cabine reservada — não sem antes verificar duas vezes se o meu armário estava bem trancado.
Vesti o short e a camiseta branca. Em seguida saí, colocando minhas roupas no amário. Deixei o grupo de fofoqueiras que ainda restara sozinha e voltei para o ginásio. Como que para provar o que eu dissera a elas, Mike veio logo para meu lado.
Meu sorriso não poderia ter sido mais irônico.
O treinador entrou no ginásio, ainda de costas... Estava arrastando uma rede cheia de bolas de vôlei? Ele tinha o que, perdido a força? Tudo bem que a rede era pesada. mas mesmo assim.. Ele sempre entrava carregando ela como se não fosse nada. E definitivamente não reclamava do peso...
Wow, não era o treinador Clapp.
- Ufa, bom dia turma! Pesadinha essas bolas de vôlei em! Uhh. Ahh, então, sou James. Substitudo por um dia do treinador Clapp. Eu estava pensando.. Que tal vocês jogarem queimada enquanto eu fico alí sentadinho, observando a capacidade física de cada um?
- Queimada? Isso é coisa de quarta série! - reclamou um garoto cujo nome eu não fiz questão de decorar.
- Sim, e daí? Nunca teve infância não ô muleque? Peguem as bolas e vão jogar.
Eu rí. Esse tal de James — nome que me fazia lembrar de acontecimentos recentes — era engraçado. E estranho.
Enquanto eu evitava ser atingida pelas bolas lançadas, pude ver o treinador James se agachando pelas arquibancadas... Como se procurasse alguma coisa. De repente tive um leve impressão de ter visto uma coisa preta e gosmenta nas mãos dele...
- Ai - gritou alguém. - Lauren! Não precisava jogar com tanta força!
Eu ví Lauren com uma fúria assacina para uma menina que reconhecí como uma das fofoqueiras do vestiário. Alguém tinha dado meu recado.
Quando a aula finalmente terminou, vesti minha roupa e saí do ginásio.
Foi somente quando eu estava perto de minha velha caminhonete que eu percebi que havia deixado as chaves dentro do armário.
Droga.
Corri para o prédio antes que o trancassem, mas assim que entrei eu parei.
Algo assustador estava acontecendo, algo SOBRENATURAL.
O treinador e um zelador que eu não conhecia estavam lutando com um... um.. Fantasma!
Não havia outro jeito de definir o ser ensaguentado que aparecia e sumia o tempo todo. As luzes ocilavam e o zelador e o treinador estavam segurando grossas facas de prata.
- Ohh, fantasminha, não some não! Eu quero somente conversar! - disse o treinador.
- Para com isso, Dean! Ele está morto, não burro - disse o zelador.
- Ah, cala a boca Sammy.
Eles ainda não tinham me visto. E também não tinham visto o fantasma logo atrás deles.
Fiz a única coisa que pude.
Peguei uma barra de metal enferrujado que estava próximo a mim e corri até eles. O fantasma também não tinha me visto.
- Cuidado!-gritei, não para o fantasma, mas para o treinador e o zelador se afastarem
Eles se viraram surpresos, e espantados viram quando eu enfiei aquela barra bem no estômago do fantasma. Eu esperava qualquer coisa. Que saísse sangue, ou que nada acontecesse. Ma ao invés disso, o fantasma desapareceu.
Aqueles dois se entreolharam e depois olharam para mim. O treinado riu.
- Como é você pode rir numa hora dessas? - perguntou o zelador. - Dean!
- Peraí, cara vocé não percebe como é irônico. Nós, os caçadores não estávamos conseguindo pegar aquele fantasma de jeito nenhum, e essa menina pegou em menos de o que? Dois segundo?
- Seu nome não é James, né? - perguntei.
- Claro que não. Meu nome é Dean. Dean Winchester.
- E eu sou Sam Winchester.
- Irmãos? - conjecturei.
- Sim, somos - respondeu Sam.
- E você não é treinador de verdade, certo?
- Correto.
- E como conseguiu a vaga de substituto?
- Ah, um diploma falso e charme funcionam sempre.
- O.k.
Sam me olhou preocupado.
- Você está bem? É caçadora?
- Estou bem, sim, e não sou caça... O que é uma caçadora exatamente. Não estão falando de animais, certo?
- Ah, nâo. Definitivamente, não! - riu Dean.
- O que aconteceu aqui? - perguntei.
- Ah, aquilo era um fantasma.
- Isso eu deduzi sozinha, Dean. Obrigada. Quero saber o que vocês são.
- Somos caçadores - explicou Sam. - Matamos demônios, fantasmas, metamorfos...
Eles me explicaram tudo. Da maneira mais resumida possível. Quantos seres existiam e eu nem sabia!
- Nossa - falei. A essa altura, eu estava sentada na arquibancada. Sam estava do meu lado e Dean em pé de frente para mim.
- É muita coisa para se absorver. Sei disso. Mas não se assuste. Você já covive com isso desde que nasceu, nada lhe acontecerá. Nossa função é proteger os humanos - disse Sam.
- Existem muitos por aí?
- O que? Caçadores? Sim, vários.
- Esqueceu de explicar sobre os vampiros para ela - disse Dean.
- Ah, não precisa.Eu já sabia que vampiros existiam.
Eles me olharam assustados.
- Como você sabia?
- Eu namorei com um.
- E não teve medo?
- Eles são bons, não se alimentam de humanos.
- Pelo visto, temos muitas experiências para trocar - disse Dean, sorrindo.
Um sorriso apareceu em meu rosto também.
( ♥♥♥)
Gente, que coisa mais louca!!!!! Mas em algumas partes achei bem engraçado...
ResponderExcluirBruna.
Eu adorei, vai ter continuação? tem alguma previsão? Um bjo aguardo ansiosamente mais capitulos...
ResponderExcluirmuito irrado eu kero assistir a estreia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirGostaria de saber se vai ter continuação, espero que sim pois essa história é muito legal !!!
ResponderExcluirse tiver pode me informa pelo meu email que esse a seguir :
thaizinha_moraizinha@hotmail.com
Claro q vai ter continuação. Daqui a duas semaninhas, mais 3 caps p vcs! Palavra da autora!
ResponderExcluirIngryd Novaes
autora da série inspirada em Crepúsculo,
Lost in the Darkness
ingrydnovaes.blogspot.com